A felicidade e a realização pessoal é um reflexo do amor-próprio. Esse tem se tornado um tema cada vez mais popular nos últimos anos e não à toa. A busca por ele é uma atividade contínua, que deve ser conquistado a cada dia.
Quando falamos do amor-próprio nos referimos ao carinho que temos por nós mesmos. Esse sentimento é natural quando nos sentimos amados, acolhidos e incluídos pelos nossos cuidadores. Mas, no contato com a sociedade, ou muitas vezes, dentro da própria família, não é assim que nos sentimos e isso chacoalha a nossa autoestima.
Uma pessoa que se ama, valoriza seus pontos fortes e fracos, suas conquistas e fracassos, porque de alguma maneira, sabe que esse pacote a forja. Quem se ama entende e aceita que não há humano perfeito e que não nascemos com um manual explicando como deveríamos ser. Assim, quem se ama lida melhor com seus erros, aprende com eles e ganha motivação para buscar sua melhor versão diariamente.
O amor-próprio também tem a ver com o cuidar de si em todos os aspectos do ser, ou seja, corpo, mente e alma. É algo que todas as pessoas podem e devem buscar - amarem-se a si próprias, independente da questão financeira, aparência física ou nível de escolaridade. Mas antes de tudo, é preciso que se tome consciência disso.
A dificuldade da busca pelo amor-próprio
Cultivar ou manter o amor-próprio se tornou um dos maiores desafios da sociedade moderna, pois a autoestima tem sido golpeada intensamente devido a questões culturais e ao mundo virtual. O medo de se relacionar, de ser amado, a comparação entre a própria vida e a dos outros, transtornos mentais… tudo isso tem impactado fortemente a construção e a sustentação do amor-próprio.
A síndrome do impostor é uma das manifestações possíveis da baixa autoestima. O sentimento de achar que não somos suficientemente bons, funciona como um comprovante de que não merecemos ser felizes. A boa notícia é que sim, essa mentalidade pode ser alterada positivamente. Mas para isso, precisamos rever nossas histórias de vida, nos livrar de traumas e ressignificar crenças limitantes. Em outras palavras, precisamos de autoconhecimento. Só assim, nos tornamos capazes de nos transformar internamente, mudando o olhar sobre nós mesmos e sobre o mundo. Só assim, podemos nos dar conta de que a autocrítica pode passar dos limites, tornando-nos propensos a nos cobrar num nível altamente prejudicial. Algo que jamais aconselharíamos um amigo a fazer, então por que o fazemos com nós mesmos? A psicoterapia é um caminho muito recomendado para obtermos essas respostas.
A importância de se amar
A autoestima, a autoconfiança e o autoconhecimento têm em comum o amor-próprio. É ele que nos sustenta em todas as áreas da nossa vida. A partir dele conseguimos nos desenvolver e nos melhorar, de uma forma geral. Quando estamos de bem com nós mesmos, conseguimos cuidar também da nossa saúde física e emocional e construir relações saudáveis.
Costumamos ser muito mais generosos com nossos entes queridos. Nós os elogiamos, os incentivamos e os ajudamos em momentos difíceis, porque são importantes para nós. Mas, curiosamente, é bem comum não nos tratarmos do mesmo jeito, é ou não é? Isso, porque nos colocamos em segundo lugar, por não nos acharmos tão importantes e merecedores.
O descaso com nós mesmos, às vezes, chega ao ponto de estarmos mentalmente esgotados e ignorarmos os sinais de alerta enviados pelo corpo. Negligenciamos nossos desejos e vivemos relacionamentos tóxicos, pois não damos ouvidos ao nosso interior. Somos bons uns com os outros, mas não com nós mesmos. Reenfatizando, nada melhor do que descobrirmos o porquê num processo de psicoterapia.
Realização Pessoal
O amor-próprio nos proporciona uma vida mais leve, pois atraímos relações saudáveis, mais oportunidades profissionais, conquistas etc.
A pessoa que cuida de si sabe a importância de satisfazer as suas necessidades. Entende que para poder estar presente para os outros, primeiro ela deve estar bem com ela mesma. Não podemos dar o que não temos, pois se queremos dar amor, primeiro temos que vivê-lo dentro de nós.
A busca pelo amor-próprio pode começar a qualquer momento, não precisamos esperar uma hora oportuna. Basta querer e estar disposto a batalhar por isso diariamente. A quebra de alguns hábitos que estão enraizados em nós pode ser difícil, mas o resultado com certeza é recompensador.
Como melhorar o seu amor-próprio?
Você deve sempre ser a sua prioridade. Permita-se descansar quando tiver vontade ou então fazer algo só porque você está com vontade. Você pode ter diversão na sua vida. Não precisamos ser produtivos o tempo inteiro. Nossa saúde mental deve ser tratada com a atenção que merece. Precisamos também aprender a dizer não quando algo não nos faz bem, e parar de nos importar com o que os outros pensam de nós.
Saber nossos limites também é um fator importante para viver o amor-próprio. Você pode e deve continuar ajudando as pessoas, contudo, isso não é para ser feito em excesso. O problema está quando você passa por cima de si para satisfazer as necessidades do outro. Estabelecer limites pode ser a chave para manter a sua saúde mental e emocional equilibradas. Aprenda a desenvolver sua inteligência emocional. As emoções são verdadeiras mensageiras das necessidades da nossa essência.
Aprenda também a se perdoar pelos seus erros. Não somos perfeitos e nem nunca seremos. Ainda que nos concentremos em não sair da linha, algumas vezes isso acaba acontecendo. E nem por isso temos o direito de agirmos como carrascos de nós mesmos. Erros podem ser benéficos, porque podem nos ajudar a ficar mais ligados em áreas que até então estavam passando despercebidas.
Somos únicos
Cada um de nós é um ser único e traz a sua própria história. É importante aceitarmos que somos do jeito que somos e não temos que nos comparar com o sucesso e a vida dos outros. Temos que aprender a caminhar com as ferramentas que possuímos e a conquistar outras. Não podemos nos cobrar de um jeito que não condiz com o que possuímos.
Se isso for uma questão para você, não hesite em procurar ajuda profissional! Busque a terapia. Um dos objetivos centrais do acompanhamento psicológico é o entendimento de quem somos, do porquê fazemos o que fazemos e de como encontramos saídas para velhos problemas de maneira criativa e personalizada.
Não perca tempo. Procure um profissional que te ajude a entender que ser você basta!