O caminho para a Autoaceitação

25 de Agosto de 2022

Autoaceitacao é aceitar todos as suas qualidades bem como seus defeitos. É saber que ninguém é perfeito. Mas quem nunca ouviu o ditado “a grama do vizinho é sempre melhor”? Pois é. Este pensamento diz muito sobre o quanto é comum focarmos mais na parte vazia de um copo com água do que na parte que tem água. Diz respeito à nossa tendência em buscar fora ao invés de encontrar o que já temos em nós.

Apesar de sermos da mesma espécie, cada pessoa é única. E como já disse antes, ninguém é perfeito, ninguém é completo. Não será esse o motivo de sermos programados para nos relacionar?

Quando você foca no que falta em si, deixa de valorizar os seus pontos fortes e, pior que isso, se acha insuficiente. Essa dinâmica pode gerar uma baixa autoestima, da mais leve a mais prejudicial, afetando a sua saúde mental.

Quando você não se aceita integralmente, diminui a sua autoconfiança e, portanto, a sua força e motivação para alcançar seus objetivos. Por outro lado, pessoas com um nível de autoaceitação alto são mais resilientes a erros e críticas, e entendem que tudo faz parte do processo de crescimento pessoal. Por isso a importância de se autoconhecer. Quando você toma consciência de quem é, passa a se valorizar mais e, portanto, passa a não dar uma importância inadequada a julgamentos e críticas.

Aceitar seus pontos fracos não quer dizer que esteja acomodada (o), mas sim que os reconhece e pode escolher a melhor forma para lidar com eles. Num processo de autoconhecimento, inclusive, você tem a chance de verificar se são realmente pontos fracos. Eles podem ser apenas fruto de uma crença infundada que pode ser eliminada. Mas podem ser realmente fracos e terem a chance de serem trabalhados por você num processo de terapia, por exemplo.

A falta de autoaceitação se reflete na forma como você lida com suas emoções, podendo gerar quadros desagradáveis como ansiedade, depressão, estresse, entre outros. Quando você não se aceita, você limita a sua felicidade, pois deixa de alimentar aquilo que tem de melhor em si.

Já, quando você se aceita, passa a ter uma visão mais positiva de si e mais autocompaixão. Ganha uma paz interna, um alívio, consequentemente, uma forma mais balanceada de ver a vida. A felicidade está em saber que os seus defeitos não te definem.

Estamos vivendo um momento em que a exposição das pessoas é tremenda, e por isso, mais do que nunca muitos deixam de fazer o que lhes deixam felizes por medo do que os outros vão falar. Quando você se aceita, ganha a liberdade de ser autêntica (o) e agir na vida de acordo com a sua essência. Mas o que possibilita algumas pessoas se aceitarem mais facilmente do que outras?

Desde a nossa infância aprendemos com nossos pais o que é certo e errado. Acabamos por julgar quem somos e esconder partes nossas de acordo com o que agrada ou desagrada as pessoas importantes para nós. Carregamos essa bagagem para a nossa vida adulta. Crescemos com a noção de que o nosso valor depende da aceitação daqueles que estão à nossa volta. Ou seja, a forma como nossos pais, cuidadores e autoridades aceitavam ou não certas características nossas, acabam por definir mais tarde nossa identidade em meio à sociedade.

Um fator importante sobre a autoaceitação é que você não precisa ser melhor que os outros para se sentir bem consigo mesmo, porque você entende que ninguém é perfeito. Portanto, você entende que tem, como qualquer pessoa, seus pontos fortes e fracos. A autoaceitação é a libertação da comparação com os outros e uma grande aliada no seu crescimento pessoal.

A autoaceitação é um processo contínuo e existem alguns exercícios que podem ser feitos para aumentar seu amor-próprio. Praticar a gratidão é uma maneira de treinar o cérebro a se direcionar para o lado positivo das coisas. Isso não significa esquecer as coisas ruins, mas sim dar menos peso a elas.

Outra prática legal é prestar atenção nos elogios sinceros que você recebe ou naquilo que você realiza com facilidade e fluidez. Isso ajuda a perceber o seu valor. Muito do que pensamos sobre nós mesmos são crenças limitantes, reflexo do que fizemos e vivemos no passado, mas que não necessariamente condizem com a pessoa que nos tornamos. Por isso, pergunte-se se essas crenças ainda se aplicam à pessoa que você é hoje.

As pessoas ao seu redor são também um fator importante para melhorar a sua autoaceitação. Se afaste daquelas que são negativas e quem tendem a te colocar para baixo. Apoie-se nas que estão do seu lado de verdade e que querem te ver para cima.

Por último e mais importante, perdoe-se! Muitas vezes agimos com nós mesmos de uma forma que nunca faríamos com aqueles que amamos. É normal errar, é normal tomar decisões que nem sempre são as melhores, mas isso não é motivo para se autopunir. Na próxima vez que perceber estar sendo dura (o) demais consigo, pergunte-se o que diria a uma pessoa amiga se estivesse passando pelo mesmo que você. Provavelmente você a acolheria, é ou não é?

Autoaceitar-se é estar no controle da sua vida. É sobre não depender mais dos fatores externos para gostar de ser quem você é. É ganhar segurança de ser você, e entender que seus pontos fortes e fracos são tão importantes como a luz e a sombra, o carvão e o diamante, o sol e a lua. Agora que você já sabe disso, qual a sua escolha? Que tal fazer a sua estrela brilhar?