Todos nós nascemos com uma programação biológica, basicamente dirigida à sobrevivência e à reprodução da espécie. Nosso cérebro é o centro de comando e processamento de todos os estímulos que recebemos do mundo externo. E estes são recebidos desde a nossa vida intrauterina. Ou sejam, nossas experiências e a maneira como as apreendemos, fazem com que criemos uma programação mental.
Sabe por que nos programamos mentalmente? Para que o cérebro economize energia e possa abrir espaço para registrarmos novas memórias e aprendizados. Acontece, que quase toda programação mental tem tempo de validade. O que serviu lá atrás, pode já não estar te servindo mais. Por isso, quando nos sentimos sem avançar e evoluir na vida, precisamos questionar as nossas crenças, que são a base da nossa programação mental. Se penso assim, ajo assim. Se penso assado, ajo assado.
Muito além da genética, existe o contexto no qual somos inseridos. Família, escola, comunidade, país e até mesmo a época em que nascemos afeta a forma com que a nossa programação mental é formulada, pois todas têm seus costumes, tradições e crenças, entre outros. Inconscientemente, somos influenciados negativa ou positivamente pelo que nos cerca e, principalmente, por aquilo que parece nos garantir a sobrevivência.
Vamos adquirindo ao longo do nosso desenvolvimento, uma identidade que melhor se adapta às necessidades que enfrentamos. Aprendemos em que devemos acreditar, o que temer e com o que sonhar e almejar. Esses sentimentos, vão além da questão biológica, eles são parte da forma como nos vemos dentro do grupo que pertencemos. O medo de exclusão de um grupo que nos importa, pode ser tão ou mais forte do que as questões que ameaçam a nossa sobrevivência, porque somos seres sociais.
É nesse sentido que vamos ao longo de nossas vidas criando nossa programação mental. Pode ser difícil mudá-la, uma vez que começa a ser construída antes mesmo que tenhamos consciência sobre nós mesmos. Por isso é sempre bom estarmos atentos e analisar onde podemos melhorar.
Como disse, anteriormente, a base da nossa programação mental é constituída por nossas crenças. Quando queremos mudá-la, é nelas que devemos focar a nossa atenção. Crenças que nos foram muito úteis, hoje, podem ser negativas e, portanto, limitantes por nos afastar da nossa essência. A crenças mais desafiadoras são as originadas de traumas ou herdadas na família sem questionamentos. Estas, na maior parte das vezes já não fazem mais parte de quem somos hoje.
A mente humana é muito complexa. Existem muitas questões inconscientes que não entendemos e que são difíceis de acessar. Hoje, contamos com um leque de psicoterapias, além da psicanálise, que trazem à tona o inconsciente e tudo aquilo que fazemos de forma automática, sem pensar. A psicoterapia EMDR, com a qual trabalho, tem influência da psicanálise, da neurolinguística, da terapia cognitivo-comportamental e da corporal. Para mim, é uma abordagem muito completa, pois elabora as crenças em seu nível mais profundo e de maneira mais rápida. Para saber mais, acesse a página "Para você" aqui neste site.
A reprogramação mental é fundamental para você ampliar e desenvolver o seu potencial. De tempos em tempos, você atualiza o seu celular, não atualiza? Se não fizer isso, o que acontece? Ele vai se tornando obsoleto. Por mais dados e informações incríveis a que você tenha alcance, os aplicativos nele instalados não darão conta e ocuparão um espaço que já poderia estar sendo usado para uma versão muito melhor. O mesmo acontece com você. Ao se atualizar, ou seja, rever a sua programação mental e reprogramá-la, caso necessário, você abre espaço para novos aprendizados e relacionamentos mais saudáveis e assertivos. Desse jeito, você aumenta a chance de construir uma mentalidade mais feliz e acreditar mais em seu próprio potencial. Em outras palavras, você muda o olhar sobre si mesma (o).
Se para você é difícil fazer por si só, não hesite em procurar ajuda profissional qualificada. Lembre-se: a sua melhor versão está dentro de você, basta que você a deixe sair.