A rotina chama mas você ainda vagueia pelo dolce far niente, pelas risadas que deu, pelos encontros que teve e pelas paisagens inéditas que viu nos últimos dias.
Com o passar das horas, o trabalho suga como areia movediça e escancara o longo período à frente antes do seu próximo recesso. Mas é na esteira da academia, correndo sem sair do lugar, que você se sente um ratinho de laboratório. É quando sua angústia lhe pergunta “Até quando essa rotina mecânica?”.
Segundo o filósofo Espinoza, nosso dever é fazer boas escolhas, lembrando que o que é bom para o outro não necessariamente o é para você. No entanto, há uma opção que traz movimento a qualquer ser humano: dar voz à sua essência
O quanto você realmente se conhece?
A pergunta pode parecer estranha, mas desde cedo em nossas vidas aprendemos que para sobreviver é preciso pertencer e, portanto, passamos a cumprir regras, a agradar os outros, a não questionar e, principalmente, a buscar fora o nosso valor e a nossa felicidade. Não bastasse essa dinâmica, vivemos num mundo plugado em 220 volts, inundados de demandas e informações, deixando-nos exaustos e aumentando o número crescente de indivíduos estressados, ansiosos, fóbicos e depressivos.
A boa notícia é que tudo do que precisamos está dentro de nós e não fora, basta escolhermos enxergar; é o que o autoconhecimento nos proporciona. Aos poucos, o inconsciente se torna consciente e nos damos conta de nossos próprios limites, valores, princípios e crenças que nos aprisionam. Com essa consciência, podemos desligar o piloto automático e ir além, aumentando a qualidade de vida e de nosso estar no mundo, pois passamos a ser autores de nossas histórias.
Com o tempo, quem sabe você possa se surpreender com a decisão de mudar de trabalho ou profissão; ou talvez, passe a olhar a sua rotina de uma maneira como nunca antes e que lhe encha de prazer.
Acredite, o autoconhecimento tem o poder de transformar a sua vida em uma viagem inesquecível, sem para isso, precisar de férias.