O espelho mostra a urgência de parar o ritmo frenético. Pele desidratada, pálida, está acima ou abaixo do peso, o olhar quase fechando e o rosto cansado. Você vem se cuidando, procurando se alimentar bem e fazendo atividade física, tudo cronometricamente planejado, mas confessa, muitas vezes não dar conta de si.
Antes de dormir costuma responder mensagens recebidas, entrar nas redes sociais, repassar a lista de afazeres e assistir a episódios de uma das várias séries que se programou para.
São lotes de informações recebidos pelo seu cérebro, que querendo ou não, entopem sua memória recente de imagens e pensamentos. A hora passa e você se desanima porque dormirá pouco.
No dia seguinte difícil manter o humor estável, deixar de ter algum desconforto físico ou irritação que, claro, acaba recaindo principalmente sobre os mais próximos.
E toma-lhe uma enxurrada de possíveis consequências: viver na ansiedade, aumento de estresse, depressão, fobias e/ou recorrer a remédios tarja preta.
Vem o pensamento, “vida que segue.”.
Sim, ela realmente segue, mas é desse jeito que quer prosseguir?
Onde você quer chegar?
Imagine-se assistindo a um filme onde a personagem tem a sua rotina, o seu convívio social, os seus hábitos.
Registre o quanto e porque a acha interessante ou não; a qualidade de suas relações; o ritmo dela; se vê ou não sentido na vida que leva; e se mudaria algo no roteiro.
Mudaria?
Se sim, reescreva a vida dessa personagem de uma maneira que lhe encante na plateia.
E então? Traga os mesmos questionamentos que fez acima e registre suas novas respostas.
Assim como acaba de reconstruir uma personagem que lhe retrata, você pode torná-la real, basta reiventar-se.
Se descobrir que já não faz mais sentido chegar onde desejava ou que a forma de se cuidar não está coerente com sua essência, não há nada de errado nisso. Não há nada faltando. Basta que apenas transforme, carinhosamente, o olhar sobre si e deixe que o mundo conheça o ser maravilhoso que habita em você.