Com tantos padrões e costumes sendo revistos durante a pandemia, eis que chega a vez do Natal.
Não se trata dos cuidados e procedimentos a serem tomados, uma vez que esses já vêm sendo enfatizados há meses. O que chama a atenção, é o modo como as pessoas costumam lidar com tudo o que envolve a celebração natalina.
Originalmente inspirada no nascimento de Jesus Cristo - símbolo de amor e esperança para os cristãos – a data veio perdendo o seu sentido para uma verdadeira odisseia.
Pensamentos do tipo “tenho que” comprar presentes, participar de comemorações e decidir onde e com quem passar o Natal - sem que isso magoe o lado não escolhido, são dilemas comuns. Fazem parte deles, também, a sensação de estar agindo de forma mecânica, contra a própria vontade, perdendo tempo e dinheiro. São padrões que geram sentimentos contrários ao esperado.
Mas, então, e o espírito natalino, como fica?
Consequência do cenário atual
Nesse ano de pandemia, temos sido invadidos por sentimentos conflitantes devido às incertezas, ao medo da perda, da morte ou da solidão. Isso tem gerado muitos movimentos espontâneos de solidariedade e amor ao próximo, por todo o mundo. Temos estado mais unidos, sensíveis, exposto nossos sentimentos, nos preocupado com os outros, nos declarado, cantado e contemplado mais. Passamos a valorizar o essencial – a vida.
Não estaríamos vivendo, há quase dez meses, uma espécie de atmosfera natalina? Seguiremos, nela, quando a pandemia terminar?
Perceber para mudar
Temos a possibilidade de mudar o futuro e ele se define no agora. Por isso, a importância do autoconhecimento. Quando nos conhecemos, entramos em contato com aquilo que nos dá sentido à vida, percebemos os nossos limites e os dos outros, e nos tornamos mais hábeis para fazer melhores escolhas e voltar ao equilíbrio, quando necessário.
O Natal pode ser um ótimo termômetro para percebermos o quanto estamos sintonizados com nós mesmos e com os que nos cercam; o quanto vivemos a liberdade, a intimidade e afinidades em nossas relações, principalmente dentro da própria família.
Se escolher não participar de comemorações ou não distribuir presentes; gostar e fazer questão de presentear ou apenas estar presente com seus entes queridos, está tudo bem. Seja qual for a sua escolha, o importante é que ela esteja em harmonia com você e possa ser comunicada respeitosamente aos envolvidos.
Tudo pode ser reiventado!
Dar novo sentido a algo já existente, implica em uma mudança de percepção – nosso modo de enxergar os fatos determina como os vivenciamos.
Portanto, estando você em paz ou não com esse período, lhe desejo um rico presente: novos olhares em todos os dias da sua vida.
Feliz Natal!